Encontros e Ações https://revistadialogos.saude.rn.gov.br/index.php/anais <p>Revista com os <strong>anais de eventos, encontros, fóruns, simpósios e congressos</strong> com apoio da Escola de Saúde Pública do Rio Grande do Norte e da Revista Diálogos em Saúde Pública.</p> pt-BR <p style="text-align: center; margin-top: -20px;"><sub><br />Este obra está licenciado com uma Licença <a href="http://creativecommons.org/licenses/by-nc/4.0/" rel="license">Creative Commons Atribuição-NãoComercial 4.0 Internacional</a></sub></p> <p style="text-align: center; margin-top: -20px;"> </p> dialogosesprn@gmail.com (Hugo Cesar Novais Mota) dialogosesprn@gmail.com (Hugo Cesar Novais Mota) Thu, 20 Mar 2025 10:36:41 +0000 OJS 3.3.0.13 http://blogs.law.harvard.edu/tech/rss 60 QUALIFICANDO O MANEJO DO HIPERDIA NA ATENÇÃO PRIMÁRIA À SAÚDE https://revistadialogos.saude.rn.gov.br/index.php/anais/article/view/129 <p><strong>Introdução</strong></p> <p><span style="font-weight: 400;">A hipertensão arterial e a diabetes mellitus são doenças crônicas, isto é, de longa duração e que exigem tratamentos contínuos contra os danos que podem provocar à saúde humana. O aparecimento dessas doenças se relaciona com a herança genética, mas também estão associadas aos estilos de vida, por isso, é de forte significância promover e incentivar hábitos saudáveis entre os indivíduos da sociedade.</span></p> <p><span style="font-weight: 400;">O município de Macaíba-RN reconhece a importância de oferecer atenção integral ao hipertenso e diabético nos serviços que compõem a sua rede de saúde, considerando o papel do nível local de executar e fortalecer as ações estratégicas propostas e pactuadas pelo Programa Hiperdia nas três esferas de gestão.&nbsp;</span></p> <p><strong>Objetivo</strong></p> <p><span style="font-weight: 400;">Desse modo, o objetivo do trabalho é qualificar e organizar os processos de trabalho a fim de garantir um manejo adequado aos usuários hipertensos e diabéticos no território, garantindo uma estratificação de risco e a construção de planos terapêuticos singulares.&nbsp;</span></p> <p><strong>Metodologia</strong></p> <p><span style="font-weight: 400;">Construção do Plano Municipal de manejo clínico adequado a hipertensão arterial e diabetes mellitus no município de Macaíba, pactuação e discussão com nove equipes do município (equipes prioritárias), elaboração de calendário de ações, integração das ações junto às equipes das E-multi, Atenção Primária à Saúde e Atenção Especializada, garantindo a implementação de atividades coletivas, consultas e estratificação de risco, qualificando o acesso a rede de especialista e garantindo o cuidado na Atenção Primária à Saúde, além de promover ações de educação em saúde para o autocuidado.&nbsp;&nbsp;</span></p> <p><strong>Resultados</strong></p> <p><span style="font-weight: 400;">O projeto iniciou em Maio com a qualificação das equipes e diagnóstico do adoecimento no território, em junho começamos as atividades coletivas, sensibilização e estratificação de risco dos usuários, em julho discutimos os grupos prioritários a serem atendidos e a regulação a partir do risco e vulnerabilidade. Organizar o atendimento prioritário a rede especializada além de garantir hábitos saudáveis com a realização de grupos de atividades físicas (Macaíba na Medida) e orientações de alimentação saudável.&nbsp;</span></p> <p><strong>Conclusão</strong></p> <p><span style="font-weight: 400;">Em síntese avaliamos que a implantação do projeto e desenvolvimento das ações vem garantindo o resgate das atividades coletivas do Hiperdia local, qualificação do cuidado, promoção da saúde e respostas oportunas ao tratamento adequado das condições crônicas em nosso município.&nbsp;</span></p> Kelly Kattiucci Brito de Lima Maia Copyright (c) 2025 Encontros e Ações https://creativecommons.org/licenses/by-sa/4.0 https://revistadialogos.saude.rn.gov.br/index.php/anais/article/view/129 Thu, 20 Mar 2025 00:00:00 +0000 VILA, VELHICE E VIDA https://revistadialogos.saude.rn.gov.br/index.php/anais/article/view/164 <p><strong>Introdução:</strong>&nbsp;O envelhecimento humano é um processo natural, dinâmico, intrínseco, heterogêneo, único para cada indivíduo e influenciado pela cultura e transformações sociais nas quais vive. Segundo estudos, em 2025 seremos o sexto país em número de pessoas idosas e chegaremos em 2030 com 41,5 milhões, acarretando uma mudança no formato da pirâmide etária, característica marcante de sociedades envelhecidas. Nessa perspectiva, com vista à promoção do envelhecimento com saúde e qualidade de vida, a Unidade de Saúde da Família de Ponta Negra, em conjunto com diversas organizações sociais que se fazem presentes na Vila de Ponta Negra/Natal, uniram-se em prol de celebrar o Dia Nacional da Pessoa Idosa, realizando um encontro direcionado a essa população na comunidade desde o ano de 2015.</p> <p><strong>Objetivo:</strong>&nbsp;Promover diálogos interdisciplinares sobre o envelhecimento saudável e apresentações socioculturais sobre o bem envelhecer.</p> <p><strong>Métodos:</strong>&nbsp;Encontro anual em forma de seminário em que são abordados temas relativos ao envelhecimento e apresentações culturais.</p> <p><strong>Resultados:</strong>&nbsp;De 2015 a 2023, foram sete edições, mobilizando diversas pessoas, entre convidados, palestrantes, grupos culturais, alunos, professores, profissionais de saúde e da assistência social e da comunidade. É um processo dinâmico, motivador, estimulante que permite congregar pessoas de diversos setores em prol do envelhecimento saudável. Estima-se que mais de 700 pessoas idosas estiveram presentes nesses seminários ao longo dos anos, apenas não acontecendo no período da pandemia da Covid-19, apesar de ter uma edição online. Além das pessoas idosas, seus familiares e cuidadores também são visados com a ação. Idealizado, inicialmente, como ação pontual, o impacto e a aceitação desta ação levaram as equipes a inscrevê-la no calendário anual da comunidade. Em 2023, foi realizada a sétima edição do seminário, que chama a atenção para a necessidade de cuidados e de afetos sentida pelas pessoas idosas, muitas vezes esquecidas pela sociedade e pela família.</p> <p><strong>Considerações finais:</strong>&nbsp;Essa atividade integra o calendário das ações de saúde da Vila de Ponta Negra, tendo proporcionado um espaço de reflexão e integração entre diversos atores sociais. Vem sendo fortalecida com a parceria com a Universidade Federal do Rio Grande do Norte, além de outras instituições de ensino. A cada ano, verifica-se o envolvimento de um maior número de professores e estudantes, destacando-se como desafio pensar e pautar na ação a interprofissionalidade e o trabalho colaborativo como base. O evento destacou a importância do diálogo interdisciplinar e da colaboração entre diferentes áreas para enfrentar os desafios relacionados ao envelhecimento.</p> Meine Sionara Alcântara, Eliana Costa Guerra, Carla Daniele Barros de Souza, Cintia Fernanda Lima, Márcia Lelis Rocha, Andryele Eduarda de Araújo Medeiros Copyright (c) 2025 Encontros e Ações https://creativecommons.org/licenses/by-sa/4.0 https://revistadialogos.saude.rn.gov.br/index.php/anais/article/view/164 Thu, 20 Mar 2025 00:00:00 +0000 PROGRAMA SAÚDE NA ESCOLA E SAÚDE MENTAL https://revistadialogos.saude.rn.gov.br/index.php/anais/article/view/159 <p><strong>Introdução:</strong> Uma das pautas incluídas no Programa Saúde na Escola (PSE), que tem como princípios a Intersetorialidade, Territorialidade e Integralidade, se caracteriza pela temática da Saúde Mental. Entendendo a importância de promover a saúde na infância, foi pensado um momento de “Ateliê das emoções” com as turmas dos anos iniciais das escolas públicas do município de Tenente Laurentino Cruz, no Rio Grande do Norte, onde os profissionais de Psicologia que elaboraram essa atividade, considerando as demandas emocionais encaminhadas ao serviço de Psicologia. <strong>Objetivo:</strong> Relatar a experiência dos profissionais de Psicologia na execução das atividades do Programa Saúde na Escola. <strong>Metodologia:</strong> Esse trabalho se trata de um relato de experiência, fruto da vivência de dois Psicólogos que realizaram algumas atividades do PSE em três escolas diferentes, com turmas do 1º ao 5º ano do ensino fundamental I. O momento se caracterizou pela contação de histórias infantis sobre a raiva, tristeza, alegria ou medo. Por conseguinte, uma oficina de desenhos em que as crianças puderam desenhar algo sobre suas emoções. <strong>Resultados e discussão:</strong> 1. Articulação intersetorial dos profissionais da Saúde com os profissionais da Educação, sendo os organizadores da atividade: um Psicólogo da equipe de Estratégia de Saúde da Família (ESF) do município e uma Psicóloga da Secretaria Municipal de Educação e Cultura (SEMEC), contando também com a participação da equipe escolar, incluindo os profissionais da gestão e professores, assim como os profissionais da saúde, como os Agentes Comunitários de Saúde. 2. Psicoeducação lúdica com as crianças e professores a respeito da temática “emoções”, como podemos nomeá-las, lidar com elas e quando se faz necessário procurar ajuda especializada. 3. Um destaque dessas ações foi a avaliação dos desenhos e a identificação de crianças que traziam questões que mereciam mais avaliação profissional. Houve uma devolutiva aos profissionais das escolas, acompanhada também de indicação de casos que precisariam de uma continuidade na observação por parte dos coordenadores das turmas. 4. Uma das consequências dessas oficinas foi o fluxo de saúde mental acontecendo de forma contínua, com as crianças indicando aos responsáveis a necessidade de buscar os profissionais de psicologia. <strong>Considerações finais:</strong> Compreende-se a importância dessas ações como uma maneira de oferecer autonomia às crianças, validar suas emoções e propor um cuidado para esses sentimentos. Também se pode enxergar essas ações como resultado da demanda de Saúde Mental do território, servindo como um trabalho de prevenção a adoecimentos psicológicos e de fortalecimento da rede de Saúde Mental, tendo em vista o envolvimento de diversos profissionais nesse processo.<br><strong>Referências bibliográficas:</strong><br>BRASIL, Ministério da Saúde. Composição. (2022) Programa Saúde na Escola (PSE). Brasília, DF. Disponível em &amp;lt;Programa Saúde na Escola (PSE) — Ministério da Educação (www.gov.br)&amp;gt;. Acesso em 20 de julho de 2024.<br>RUMOR, Pamela Camila Fernandes et al. Programa Saúde na Escola: potencialidades e limites da articulação intersetorial para promoção da saúde infantil. Saúde em Debate, v. 46, p. 116-128, 2023.</p> João Victor Cosme, Eduarda Maria da Silva Santos Copyright (c) 2025 Encontros e Ações https://creativecommons.org/licenses/by-sa/4.0 https://revistadialogos.saude.rn.gov.br/index.php/anais/article/view/159 Thu, 20 Mar 2025 00:00:00 +0000 PROSA ADOLESCENTE https://revistadialogos.saude.rn.gov.br/index.php/anais/article/view/130 <p><strong>Introdução</strong></p> <p><span style="font-weight: 400;">O conceito de adolescência incorpora a ideia de uma construção social e diz respeito à multiplicidade de formas como ela é vivenciada e experimentada, as condições de vida e características sociais, raciais, étnicas, culturais, de gênero e de orientação sexual. Compreendendo a saúde do adolescente também como algo dinâmico e complexo, fez-se necessário pensarmos em formas de Promover saúde para esse grupo de forma inclusiva e assertiva. Nesse intere surge o PROSA ADOLESCENTE.&nbsp;&nbsp;&nbsp;</span></p> <p><strong>Objetivo</strong></p> <p><span style="font-weight: 400;">O presente projeto visa fortalecer o vínculo e ampliar o acesso dos adolescentes em nossas unidades de saúde, estabelecendo diretrizes para a implantação e implementação de ações de saúde que incorporem os componentes da Atenção Básica e Média Complexidade com vistas a promover, proteger e recuperar a saúde da população adolescente.</span></p> <p><strong>Metodologia</strong></p> <p><span style="font-weight: 400;">É importante dar ao jovem a oportunidade dele fazer por ele mesmo. Desenvolver o protagonismo juvenil engajando-o em projetos que ele mesmo crie, assuma e administre. Dar-lhe autonomia, apoio e aprovação. Devem-se criar oportunidades de esporte, lazer e cultura. Para incentivar os adolescentes e jovens a participar das atividades de promoção a saúde, iniciamos as ações, com as secretarias de saúde, educação, esporte, assistência e cultura, qualificando doze jovens do bairro de Morada da Fé em Macaíba/RN sobre temas como: Bullying; Ansiedade; Racismo; Meio ambiente; gravidez na adolescência; uso de álcool e outras drogas, logo em seguida desenhamos calendário de visitas às escolas municipais, onde os adolescentes qualificados irão participar de uma “PROSA ADOLESCENTE” com outros jovens, discutindo as temáticas antes abordadas.&nbsp;</span></p> <p><strong>Resultados</strong></p> <p><span style="font-weight: 400;">Garantir a integração da saúde, educação e cultura no fortalecimento da promoção a saúde do adolescente no território do município de Macaíba, trazendo o adolescente para protagonizar o autocuidado entre seus pares.</span></p> <p><span style="font-weight: 400;">As r</span><span style="font-weight: 400;">elações entre pares, as quais falam as mesmas línguas, podem ser bem diferentes das dos adultos e ou técnicos, que muitas vezes não se fazem compreender por alguns grupos, os encontros que surgem da relação de pares são únicos e tem se demonstrado potentes.&nbsp;</span></p> <p><strong>Conclusão</strong></p> <p><span style="font-weight: 400;">Em síntese avaliamos que a implantação do projeto e desenvolvimento das ações vem garantindo que os adolescentes tenham refletido sobre sua saúde e a necessidade do autocuidado, observamos que as discussões sobre os transtornos mentais tem sido efetivas e oportunas nas escolas.&nbsp;</span></p> Kelly Kattiucci Brito de Lima Maia Copyright (c) 2025 Encontros e Ações https://creativecommons.org/licenses/by-sa/4.0 https://revistadialogos.saude.rn.gov.br/index.php/anais/article/view/130 Thu, 20 Mar 2025 00:00:00 +0000 EDUCAÇÃO PERMANENTE E INTERSETORIALIDADE https://revistadialogos.saude.rn.gov.br/index.php/anais/article/view/140 <p><strong>Introdução:</strong> A Educação Permanente em Saúde (EPS) reafirma os princípios do SUS no tocante às ações de promoção à cultura de paz, e a intersetorialidade converge conhecimentos e esforços na execução de ações integradas no enfrentamento à violência, constituindo importantes instrumentos de transformação dos processos de trabalho em rede para esse agravo. <strong>Objetivo:</strong> Relatar as EPS’s sobre o acolhimento e atendimento às pessoas em situação de violência interpessoal, dos processos de trabalho no cuidado e atenção integral, para profissionais da rede intersetorial. <strong>Metodologia: </strong>As qualificações ocorreram no formato virtual, de julho a novembro de 2021, março de 2022, e maio de 2024. De forma presencial, em outubro de 2023 e maio de 2024. As EPS’s consistiram em exposição dialogada da temática divido em 3 (três) momentos: uma abordagem geral da “Atenção e Cuidado às pessoas em situação de violências na perspectiva do atendimento integral e humanizado”, e apresentação do quadro de serviços existente na rede; “Profilaxia pós exposição de risco à infecção pelo HIV, IST e hepatites virais”; e a “Importância da qualificação no preenchimento da ficha de notificação de violência interpessoal/ autoprovocada para a Vigilância Epidemiológica, o cuidado e a proteção à pessoa em situação de violência no RN”. Após cada apresentação, a abertura de espaço para o diálogo e o compartilhamento de ideias e experiências.<strong> Resultados e discussão:</strong> No formato virtual, período de julho a novembro de 2021, e março de 2022, público estimado de 401 e 61 participantes, respectivamente. Presencialmente, em outubro de 2023, público de 200 participantes. Em 2024, com objetivo de ampliar a rede, na implantação de novos serviços da 1ª e 3ª regiões de saúde, no cuidado e atendimento às pessoas em situação de violência para equipe multiprofissional, na organização dos serviços de forma regionalizada. Na 1ª região, presencialmente, o público foi de 40 pessoas; e na 3ª região, no formato virtual, também para 40 pessoas. As EPS’s realizadas por Região de Saúde do RN foram organizadas de forma transversal entre a Subcoordenadoria de Vigilância Epidemiológica, integrando a Vigilância de Causas Externas e o Programa Estadual IST /Aids e Hepatites Virais; Diretoria de Políticas Intersetoriais e Promoção à Saúde; Subcoordenadoria de Atenção Primária à Saúde e Ações Programáticas, com as Áreas Técnicas de Saúde da Mulher, Saúde da Criança e o Núcleo de Ciclos de Vida; e, Subcoordenadoria de Redes de Atenção à Saúde e Linhas de Cuidado, tendo como público profissionais da rede SUS e intersetorial. A EPS intersetorial permite a interlocução dos saberes, e a construção compartilhada de ações transversais. Assim, o acolhimento e atendimento às pessoas em situação de violência, como agravo multifatorial, aproxima a integralidade e efetividade das ações, ampliando as possibilidades de cuidado e atenção. <strong>Considerações finais: </strong>A Educação Permanente e a intersetorialidade ampliam a comunicação e a troca de saberes entre profissionais/serviços de diferentes setores, favorece a resolutividade pela subjetividade de cada caso, promovendo o fortalecimento da rede de atenção em saúde e proteção social às pessoas em situação de violência.</p> Paola Silva, Suzete Maria de Queiroz, Adriana Karla Alves Paiva, Chyrly Elidiane de Moura, Ane Caroline Silva Sobral, Anna Luiza Lopes Liberato, Juliana Teixeira da Câmara Reis, Maria Vanessa Nogueira, Andrea Carla Gonçalves Costa Carmo Copyright (c) 2025 Encontros e Ações https://creativecommons.org/licenses/by-sa/4.0 https://revistadialogos.saude.rn.gov.br/index.php/anais/article/view/140 Thu, 20 Mar 2025 00:00:00 +0000 EDUCAÇÃO NUTRICIONAL NA PREVENÇÃO À OBESIDADE NO AMBIENTE ESCOLAR: https://revistadialogos.saude.rn.gov.br/index.php/anais/article/view/179 <p><strong>Introdução:</strong><span style="font-weight: 400;"> O excesso de peso tem como determinantes proximais o padrão alimentar e o dispêndio energético. O padrão alimentar atual, identificado por pesquisas nacionais, evidencia o fenômeno da transição nutricional na população brasileira, que se caracteriza pelo elevado percentual de consumo de alimentos ricos em açúcar, gorduras saturadas, trans e sal, e pelo baixo consumo de carboidratos complexos e fibras. A causa fundamental do sobrepeso e da obesidade na infância é o desequilíbrio entre as calorias consumidas e as calorias gastas ao longo dos dias; ou seja, as crianças estão comendo mais calorias e se exercitando menos.</span></p> <p><strong>Objetivo:</strong><span style="font-weight: 400;"> Promover hábitos saudáveis com acompanhamento contínuo da equipe multiprofissional às crianças e adolescentes no ambiente escolar e familiar do município de São Miguel do Gostoso/RN.</span></p> <p><strong>Metodologia:</strong><span style="font-weight: 400;"> Trata-se de um relato de experiência realizado durante o Programa Saúde na Escola (PSE) com o tema "Educação Nutricional na Prevenção à Obesidade" na Escola Municipal Coronel Zuza Torres. O público-alvo trabalhado foram crianças na faixa etária de 5 a 11 anos de idade. Juntamente com a Equipe de Saúde da Família Maceió e a Equipe Multi, abordou-se o tema Alimentação Saudável no âmbito escolar, onde foi utilizado o material didático dos alimentos impresso em papel madeira, um vídeo educativo da quantidade de açúcar e sal dos alimentos, montagem do prato saudável, antropometria e uso de fantoches de frutas, legumes e verduras. Trabalhou-se a importância da atividade física e o cuidado em atenção à prevenção das doenças crônicas.</span></p> <p><strong>Resultados e Discussão:</strong><span style="font-weight: 400;"> Após a execução da atividade, foi observado um resultado positivo através da ação, onde as crianças aprenderam como escolher uma boa alimentação e a substituir o seu lanche de casa pelo que a escola oferece, visto que é preparado um cardápio pela equipe de Nutrição e poucas fazem a refeição na escola. Levaram informações para o seu ambiente familiar, sendo multiplicadores de bons hábitos alimentares.</span></p> <p><strong>Conclusão:</strong><span style="font-weight: 400;"> Ressaltamos que este tema é de fundamental importância para a educação escolar e no âmbito familiar para a construção de bons hábitos alimentares, promoção da saúde e evitar possíveis doenças crônicas ao longo da vida.</span></p> Angélica Ribeiro de Oliveira, Frederico Fausto Júnior, Isis Kaliny Damasceno Soares Copyright (c) 2025 Encontros e Ações https://creativecommons.org/licenses/by-sa/4.0 https://revistadialogos.saude.rn.gov.br/index.php/anais/article/view/179 Thu, 20 Mar 2025 00:00:00 +0000 CAMINHOS PARA UM TRÂNSITO SEGURO: https://revistadialogos.saude.rn.gov.br/index.php/anais/article/view/163 <p>A articulação intrasetorial do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT-SRE/RN) tem por objetivo integrar servidores de diversos setores, ampliando o Programa Nacional de Educação para o Trânsito do DNIT – Conexão DNIT, que busca a formação de uma rede de educação para o trânsito alimentada pelo compartilhamento de conhecimentos e estímulos pedagógicos contínuos. Participam desse programa órgãos e entidades de trânsito, secretarias de educação, escolas, professores, comunidade escolar e a sociedade em geral. No Rio Grande do Norte, as ações intersetoriais seguiram um processo metodológico que iniciou em parceria com a Prefeitura de Natal em 2013 e foi legitimado em 2017 com o Estado do Rio Grande do Norte (RN). Essa iniciativa ganhou força com o Programa Vida no Trânsito no RN, que expandiu suas parcerias ao longo dos anos, abrangendo mais de 30 entidades que colaboram em ações educativas, de fiscalização e saúde por meio de eventos conjuntos e agendas convergentes com outras entidades, como secretarias de saúde e educação, ONGs, Ministério Público e demais órgãos, visando à redução de sinistros de trânsito. O Conexão DNIT disponibiliza estímulos pedagógicos contínuos de ações educativas e materiais pedagógicos (versão professor/estudante) inovadores, sustentáveis e colaborativos, que fomentam o desenvolvimento da percepção do risco no trânsito, a consciência sobre o risco no trânsito e a adoção de atitudes seguras ao transitar. Este programa foi desenvolvido em parceria com o Labtrans/UFSC, fomentando também a formação docente sobre Educação e Cidadania no Trânsito, disponibilizada por meio da Plataforma AVAMEC. Como resultado, o planejamento anual das ações é estruturado em torno dos calendários nacional e estadual, focando na redução da morbimortalidade por sinistros de trânsito. Reuniões mensais são realizadas para planejar as linhas de atuação em resposta às demandas sociais, abordando estatísticas de sinistros, impactos na saúde, fiscalização, engenharia e educação. As ações institucionais são realizadas de forma conjunta e intersetorial, com contribuições de equipe, materiais de mídia e educativos, transformando pequenas ações em grandes eventos, ampliando o número de parceiros e participantes. Essas parcerias promovem a saúde e a equidade territorial, realizando atividades em diversos espaços comunitários, como ruas, praças, praias, rodovias, escolas, universidades, hospitais, câmaras legislativas, centros comunitários e meios de comunicação. Essa ampla atuação possibilita o acesso inclusivo da comunidade, respeitando as necessidades e diversidades dos grupos atendidos e maximizando as ações de prevenção e redução de mortalidade no trânsito.&nbsp;O Programa Conexão DNIT está presente em 23,95% dos municípios do RN, atuando em 77 escolas com 218 professores cadastrados, alcançando aproximadamente 24.054 alunos e contando com 453 acessos aos materiais desenvolvidos. A integração de diversos órgãos, como infraestrutura viária, fiscalização de trânsito, educação, atendimento às vítimas e saúde, permite o desenvolvimento de ações educativas no trânsito. A participação social é estimulada através de atividades interativas que aproximam os entes públicos da comunidade, mitigando a percepção de distanciamento e promovendo sugestões comunitárias para aprimorar as atividades, resultando em mudanças no planejamento estratégico e operacional.</p> Leia Mayer Eyng, Marlene Soares Nobre Copyright (c) 2025 Encontros e Ações https://creativecommons.org/licenses/by-sa/4.0 https://revistadialogos.saude.rn.gov.br/index.php/anais/article/view/163 Thu, 20 Mar 2025 00:00:00 +0000 AGENDA DE SAÚDE DA POPULAÇÃO TRANSGÊNERO https://revistadialogos.saude.rn.gov.br/index.php/anais/article/view/171 <p><strong>Introdução: </strong>O preconceito e a discriminação são as principais barreiras encontradas pela população transgênero no acesso aos serviços públicos de saúde. Portanto, é necessária a criação de estratégias que promovam maior acesso, assistência e equidade à saúde para os usuários transgêneros no Sistema Único de Saúde. Assim, a Secretaria Municipal de Saúde de Tibau do Sul/RN implantou a Agenda de Saúde da População Transgênero como estratégia inclusiva, visando à ampliação do acesso e à atenção integral. A agenda de saúde é um instrumento físico elaborado para facilitar o fluxo de agendamentos e o monitoramento da saúde desses usuários no município. <strong>Objetivo: </strong>Descrever a experiência de implantação da Agenda de Saúde da População Transgênero no município de Tibau do Sul/RN, com ênfase na ampliação do acesso aos serviços de saúde, na redução do preconceito e na promoção de um atendimento mais humanizado e equitativo. <strong>Método/Metodologia:&nbsp; </strong>A agenda foi elaborada com base nas cadernetas do Ministério da Saúde. No entanto, foram consideradas as principais necessidades de saúde apontadas em reunião com a população transgênero local. A implementação da agenda ocorreu em quatro etapas: 1ª) Capacitação dos agentes comunitários de saúde sobre o processo adequado de cadastramento e atualização de dados (nome social/gênero) durante as visitas domiciliares; 2ª) Realização de reuniões com as equipes das unidades de saúde do município, com o objetivo de preparar os profissionais para o uso da agenda e para o atendimento adequado e humanizado; 3ª) Realização de campanhas contra o preconceito e a discriminação da população transgênero nas salas de espera das unidades de saúde e através das redes sociais; 4ª) Entrega da agenda para a população transgênero e mutirão de atendimento multiprofissional. <strong>Resultados e discussão: </strong>Em seis meses de implantação, 16 pacientes receberam acompanhamento. Foram realizados 182 procedimentos de saúde (testes rápidos, vacinas, aplicações de medicações, consultas com médico, enfermeira, dentista, psicóloga, nutricionista, assistente social, ginecologista e fonoaudióloga), uma quantidade sete vezes maior comparada aos 26 atendimentos realizados pelos mesmos pacientes no ano de 2023. Além da ampliação do acesso, detectamos precocemente casos de infecções sexualmente transmissíveis em alguns pacientes, que já finalizaram o tratamento, receberam orientações e passaram a ter maior consciência na prevenção dessas doenças. Observamos um maior engajamento nas ações de promoção à saúde desses pacientes nas unidades de saúde e diversos relatos de melhora na qualidade dos atendimentos e no acolhimento por parte dos profissionais da rede de saúde. Todos esses fatores têm contribuído para a melhora da saúde física e mental desses pacientes, gerando um aumento na qualidade de vida e uma redução da desigualdade social em saúde. <strong>Conclusão: </strong>Concluímos que a implantação da Agenda de Saúde ampliou o acesso aos serviços de saúde para a população transgênero do município. Além disso, a qualificação realizada com os profissionais da rede de saúde promoveu melhorias no acesso aos serviços e na qualidade do atendimento.</p> Júlio Sócrates, Lianna Kelly Souza Aguiar, Isabela Perazzo Pereira Copyright (c) 2025 Encontros e Ações https://creativecommons.org/licenses/by-sa/4.0 https://revistadialogos.saude.rn.gov.br/index.php/anais/article/view/171 Thu, 20 Mar 2025 00:00:00 +0000 IMPLEMENTAÇÃO DE NOVAS PRÁTICAS EM PSICOLOGIA NA ATENÇÃO PRIMÁRIA NO MUNICÍPIO DE TOUROS https://revistadialogos.saude.rn.gov.br/index.php/anais/article/view/152 <p>Introdução: as eMulti surgem dentro de um contexto de reconstrução da Atenção Primária(APS)&nbsp; no Brasil, com fortalecimento das ações interprofissionais e na interface com a agenda de incorporação de tecnologias e inovações na saúde. Esse novo modelo mantém algumas similaridades com o trabalho do Núcleo de Apoio à Saúde da Família(NASF) e dispõe de novos mecanismos organizativos e estruturais. Nesse cenário, algumas questões e características são pouco claras e suscitam reflexões sobre esse novo modelo de multiprofissionalidade. Diante disso, é possível observar que o município de Touros enfrenta desafios significativos no atendimento às demandas de saúde mental, especialmente no contexto da APS. A implementação de novas práticas psicológicas se tornam necessárias em resposta aos desafios emergentes e a impossibilidade de atender adequadamente às demandas de atendimentos clínicos individuais nos moldes tradicionais da clínica psicológica. Objetivo: este relato de experiência tem por objetivo descrever um projeto que propõe a implementação de novas práticas psicológicas alinhadas aos princípios básicos do SUS e da APS. Métodos: Para essa análise, recorreu-se à vivência pessoal enquanto psicóloga recém-formada atuando junto a Unidade Básica de saúde e também à realização de uma revisão de literatura de caráter integrativo. Resultados e discussões: o projeto propõe construir o mapeamento territorial dos equipamentos de saúde, assistência e educação, assim como realizar visitas técnicas a estes, para que sejam identificadas as demandas territoriais voltadas a saúde mental, para que seja desenvolvido o planejamento de atividades grupais visando prevenir aparecimento e a cronicidade de transtornos psicológicos. Além disso, objetiva-se realizar treinamentos aos agentes comunitários para que sejam capazes de identificar as demandas e saber para onde direcionar os membros de suas áreas&nbsp; fortalecendo o apoio matricial. Com relação a equipe, espera-se realizar a sensibilização para acolhimento e atendimento humanizado, bem como a discussão de casos multidisciplinares e a realização de interconsultas sempre que necessário, visando sempre a prevenção e a promoção da saúde.&nbsp; Considerações finais: A relevância desse projeto encontra-se ancorada no fato de que psicoterapia não resolve problemas estruturais, mas sim políticas públicas. Além disso, é humanamente impossível, atender às demandas de atendimentos clínicos individuais existentes no município, e esta prática quando desenvolvida isoladamente dentro do SUS, fere aos princípios preconizados pelo mesmo.&nbsp; Sendo assim, diante da lacuna existente ao que se refere ao trabalho da psicologia na eMulti, o presente projeto se propõe a desenvolver novas práticas considerando os princípios básicos do SUS&nbsp; e APS.</p> Bruna Ribeiro da Silva, Luciene Maria Figueiredo Copyright (c) 2025 Encontros e Ações https://creativecommons.org/licenses/by-sa/4.0 https://revistadialogos.saude.rn.gov.br/index.php/anais/article/view/152 Thu, 20 Mar 2025 00:00:00 +0000 CONDICIONALIDADES DO PROGRAMA BOLSA FAMÍLIA COMO GARANTIA DE ACESSO AOS DIREITOS https://revistadialogos.saude.rn.gov.br/index.php/anais/article/view/136 <p><span style="font-weight: 400;">O Programa Bolsa Família é um programa de transferência direta e condicionada de renda, com os objetivos de combater a fome, por meio da transferência direta de renda às famílias beneficiárias; contribuir para a interrupção do ciclo de reprodução da pobreza entre as gerações; e promover o desenvolvimento e a proteção social das famílias, especialmente das crianças, dos adolescentes e dos jovens em situação de pobreza</span></p> <p><span style="font-weight: 400;">Para ser elegível as famílias precisam inscrever-se no CadÚnico e renda per capita até R$218,00 (duzentos e dezoito reais). Para a continuidade da renda, as famílias beneficiárias precisam cumprir condicionalidades vinculadas à Assistência Social, Educação e Saúde.</span></p> <p><span style="font-weight: 400;">Junto à Saúde, os beneficiários precisam comparecer duas vezes ao ano para realizar o acompanhamento das crianças até 07 (sete) anos incompletos com aferição de peso e altura e vacinação; das gestantes na assistência pré-natal e das mulheres em idade fértil também para aferição de peso e altura.</span></p> <p><span style="font-weight: 400;">Sobre a execução do programa em Natal/RN, historicamente havia baixo percentual de acompanhamento, onde no primeiro semestre de 2020 a cobertura foi de apenas 38,7%. Neste contexto, o presente trabalho visa apresentar estratégias </span><span style="font-weight: 400;">adotadas pelo Núcleo de Alimentação e Nutrição da Secretaria Municipal de Saúde do Natal/RN, de 2020 a 2023, a fim de elevar os índices de acompanhamento.&nbsp;</span></p> <p><span style="font-weight: 400;">Como ponto de partida, a participação ativa nas reuniões intersetoriais, envolvendo as secretarias de assistência social, educação e saúde, com o objetivo de identificar entraves, articular e planejar ações.&nbsp;</span></p> <p><span style="font-weight: 400;">Foram realizadas capacitações aos profissionais das unidades de Atenção Primária e dos Distritos Sanitários sobre as condicionalidades do Programa, com a presença de médicos, enfermeiros, técnicos de enfermagem, dentistas, nutricionistas, farmacêuticos e pessoal de apoio, oportunizando uma ampliação do conhecimento dos profissionais a respeito das regras e impactos positivos à saúde da população, também sobre a importância social e econômica do Bolsa.</span></p> <p><span style="font-weight: 400;">Aos beneficiários são realizados aferição de peso e altura, vacinação, pré-natal, aplicação</span><span style="font-weight: 400;"> do formulário do Sistema de Vigilância Alimentar e Nutricional, Triagem para o risco de Insegurança Alimentar, Palestras e ações educativas, distribuição de materiais educativos, além de folders sobre alimentação saudável, doenças crônicas não transmissíveis, obesidade, dentre outras.</span><span style="font-weight: 400;"> Ressaltamos ainda a inserção de estudantes de nutrição, em estágio extracurricular, para auxiliar as equipes de saúde no acompanhamento dos beneficiários e nas ações educativas.</span></p> <p><span style="font-weight: 400;">Com a execução das ações observamos que de 2020 a 2023, obtivemos a elevação quantitativa na cobertura das condicionalidades de saúde ao público do Programa, e crescimento qualitativo no que se refere aos serviços e atenção conferida.</span></p> <p><span style="font-weight: 400;">Na 2ª vigência do Programa, em 2023 - meses de julho a dezembro -, havia em Natal/RN, 106.801 (cento e seis mil, oitocentos e um) beneficiários com perfil para o acompanhamento da saúde. Neste período foi possível a cobertura de 60,64% dos beneficiários acompanhados, que tiveram oportunizados e garantidos acesso com equidade aos direitos e serviços básicos em saúde, alimentação saudável e qualidade de vida.</span></p> Dayanne Priscilla Ferreira de Sousa Medeiros, Ana Karina Couto Campos de Souza, Eduarda Pontes dos Santos Araújo, Maria Amélia Marques Dantas, Monique Silveira Rosa, Nádia Barrios Gonçalves Shissi Copyright (c) 2025 Encontros e Ações https://creativecommons.org/licenses/by-sa/4.0 https://revistadialogos.saude.rn.gov.br/index.php/anais/article/view/136 Thu, 20 Mar 2025 00:00:00 +0000 DETERMINANTES SOCIAIS EM SAÚDE https://revistadialogos.saude.rn.gov.br/index.php/anais/article/view/155 <p><span style="font-weight: 400;">Trata de projeto de intervenção realizado pelo núcleo profissional do Serviço Social do Hospital Regional Deoclécio Marques de Lucena, em Parnamirim/RN, com base nas prerrogativas legais e conceituais dos Determinantes Sociais em Saúde. Na experiência junto aos acompanhantes e familiares de pacientes internados na unidade hospitalar, foram realizadas rodas de diáligo, tratando de alguns temas relevamntes no processo de promoção e acesso à saúde, por meio de uma conversa simples e objetiva, no auditório da unidade hospitalar, tirando dúvidas e trazendo reflexões sobre diversas temáticas que objetivam a equidade em saúde.</span></p> Auricéa Xavier de Souza, Ana Paula Barbosa Xavier, Dayanne Priscila S. de F. Medeiros, Suely Soares Anjos da Rocha, Valéria Regina M. de Macêdo Copyright (c) 2025 Encontros e Ações https://creativecommons.org/licenses/by-sa/4.0 https://revistadialogos.saude.rn.gov.br/index.php/anais/article/view/155 Thu, 20 Mar 2025 00:00:00 +0000 “TÔ DE BOUAS” https://revistadialogos.saude.rn.gov.br/index.php/anais/article/view/153 <p><strong><br>Introdução:</strong> Em meio a um cenário pandêmico da Covid-19, fato que modificou a rotina de muitas pessoas, observou-se o aumento de usuários com transtornos de ansiedade que advinham de encaminhamentos médicos para atendimento na área da psicologia no município de São Miguel do Gostoso/RN. Além disso, as consultas em nutrição, neste período, estavam sendo impactadas e precisavam de melhores estratégias, visto que a maior parte dos casos de usuários que não tinham êxito era devido a vários destes sofrerem de transtornos de ansiedade, depressão, compulsão alimentar, baixa autoestima e insônia.</p> Edivania Ricardo da Silva, Everton Jhone da Silva Ribeiro, Isis Kaliny Damasceno Soares, Jaira Vanessa Silva do Nascimento, Katia Raniele de Oliveira Rocha, Maria Izabel dos Santos Nogueira Copyright (c) 2025 Encontros e Ações https://creativecommons.org/licenses/by-sa/4.0 https://revistadialogos.saude.rn.gov.br/index.php/anais/article/view/153 Thu, 20 Mar 2025 00:00:00 +0000 CUCA LEGAL: ESTRATÉGIAS DO CUIDADO COM A PESSOA IDOSA NA APS https://revistadialogos.saude.rn.gov.br/index.php/anais/article/view/165 <p><strong>Introdução:</strong>&nbsp;Em tempos de pandemia da COVID-19, o distanciamento social necessário à prevenção da transmissão da doença impôs regras sociais que resultaram em uma situação de isolamento e solidão para as pessoas. Em se tratando de uma pessoa idosa, destaca-se especialmente aquela que vive sozinha, entendendo-se que momentos como esse reforçam a importância de uma rede de apoio, com vistas a suprir suas necessidades, principalmente de segurança e proteção. Pessoas de diferentes idades vivenciaram problemas psicológicos durante a pandemia, incluindo ansiedade, depressão e estresse, o que é mais preocupante quando se pensa em pessoas idosas vivendo na comunidade. Dessa forma, quando a capacidade funcional se mantém preservada no envelhecimento, muitos são os benefícios para o estado de saúde do idoso, visto que os estímulos intelectuais, recreativos e sociais convergem para a manutenção das funções cognitivas.</p> <p><strong>Objetivo:</strong>&nbsp;Relatar a experiência de ações do projeto Cuca Legal envolvendo a estimulação sensório-motora de pessoas idosas em isolamento social durante a pandemia de COVID-19, na área adscrita à Estratégia Saúde da Família do bairro de Ponta Negra, Natal/RN.</p> <p><strong>Métodos:</strong>&nbsp;O projeto consiste em promover atividades de estimulação sensório-motora e cognitiva que incluem exercícios de raciocínio lógico, cálculo, leitura, escrita e pintura, sendo esta última uma proposta para garantir a inclusão dos idosos com menor escolaridade, que não teriam como realizar as demais atividades.</p> <p><strong>Resultados:</strong>&nbsp;A equipe envolvida elaborou mais de 300 kits contendo pasta, lápis grafite, borracha, apontador, lápis de cor e uma cartilha com as atividades supracitadas, que foram entregues pelos Agentes Comunitários de Saúde (ACS) no domicílio dos idosos. Os materiais dos kits foram adquiridos através de doações da própria equipe, bem como de comerciantes da cidade, que continuam com as doações, para que mais idosos possam se beneficiar dessa ação. Além dos exercícios cognitivos, havia orientações de exercícios físicos para serem realizados em casa. Também foram feitos contatos telefônicos para acompanhar como esses idosos estavam se sentindo e para orientá-los no caso de surgimento de sinais e sintomas da COVID-19. A equipe recebeu manifestações positivas dos idosos e familiares, pois as atividades estimulam a cognição e promovem bem-estar, amenizando o isolamento imposto pela pandemia. Por ser uma ação realizada na ESF, é possível reproduzir em mais períodos além do empregado, perpetuando os benefícios envolvidos nessa experiência.</p> <p><strong>Considerações finais:</strong>&nbsp;Evidencia-se como os profissionais de saúde que atuam nesse nível de atenção podem desenvolver ações que auxiliem as pessoas idosas a desenvolverem as condições necessárias para gerir e tomar decisões sobre sua própria saúde de forma mais efetiva, considerando as necessidades e potencialidades de cada um na busca de uma vida independente e plena.</p> Meine Sionara Alcântara, Rejane Maria Paiva de Menezes, Luciane Paula Batista Araújo de Oliveira, Rosemary Araújo Monteiro, Carlos Jordão de Assis Silva, Maria Clara Silva de Melo Copyright (c) 2025 Encontros e Ações https://creativecommons.org/licenses/by-sa/4.0 https://revistadialogos.saude.rn.gov.br/index.php/anais/article/view/165 Thu, 20 Mar 2025 00:00:00 +0000 SAÚDE ITINERANTE NO FORTALECIMENTO DAS AÇÕES DE VACINAÇÃO DO MUNICÍPIO DE SÃO MIGUEL DO GOSTOSO/RN https://revistadialogos.saude.rn.gov.br/index.php/anais/article/view/154 <p>&nbsp; Sabe-se que a pandemia pelo SARS-CoV ou COVID 19 em seu período mais crítico entre 2020 e 2022, afastou as pessoas das unidades de saúde e com isso atingiu-se baixíssimas coberturas vacinais. Em 2023, &nbsp;coordenação de Imunização do município de São Miguel do Gostoso participou de uma capacitação sobre Ações de Vacinação de Alta Qualidade (AVAQ), realizada pela Secretaria de Estado da Saúde Pública (SESAP) e Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS). A partir dessa capacitação, a prefeitura iniciou a intervenção “Saúde Itinerante” que além de ofertar a atualização da imunização, também ofertou, atendimentos médicos clínicos, ultrassonografistas, atendimento odontológico e outras ações e atividades.</p> Katia Raniele de Oliveira Rocha, Jamila Celeste Pereira Soares, Cláudio Kaninja Freire Soares, Ariane Ferreira de Oliveira, Maria Izabel dos Santos Nogueira Copyright (c) 2025 Encontros e Ações https://creativecommons.org/licenses/by-sa/4.0 https://revistadialogos.saude.rn.gov.br/index.php/anais/article/view/154 Thu, 20 Mar 2025 00:00:00 +0000 OFICINAS REGIONAIS PARA A IMPLEMENTAÇÃO DA POLÍTICA ESTADUAL DE ATENÇÃO INTEGRAL À SAÚDE DAS MULHERES DO RIO GRANDE DO NORTE https://revistadialogos.saude.rn.gov.br/index.php/anais/article/view/166 <p><strong>Introdução:</strong> A Política Estadual de Atenção Integral à Saúde das Mulheres – PEAISM/RN foi construída de forma intersetorial e com a participação ativa das mulheres do Rio Grande do Norte e lançada em 2023, com o intuito de nortear as ações dos municípios na atenção integral à saúde das mulheres, fortalecendo as políticas de prevenção, promoção e vigilância em saúde em todos os ciclos de vida e diversos segmentos populacionais, na perspectiva do cuidado integral, humanizado e da garantia de direitos. Para a implementação da PEAISM/RN é necessário a mobilização de gestores e trabalhadores da saúde do SUS em nível estadual e municipal, em articulação com o ente federal, buscando desenvolver ações consoantes aos objetivos propostos e implementar as estratégias prioritárias, considerando suas competências e responsabilidades específicas.</p> <p><strong>Objetivo:</strong> Promover a ampla divulgação da política e seus objetivos e estratégias de ação, bem como fomentar a elaboração dos planos de ação regionais, priorizando o planejamento e execução das ações de saúde da mulher de acordo com as necessidades locais.</p> <p><strong>Metodologia:</strong> As oficinas regionais foram organizadas a partir de um plano de ação que contemplou a apresentação aos gestores na Comissão Intergestores Regional (CIR), bem como a articulação com as referências técnicas da saúde da mulher nas regionais de saúde. A partir do resgate das propostas apresentadas pelos movimentos de mulheres nas Cirandas Regionais, as quais foram enviadas previamente aos participantes, as equipes municipais compostas por profissionais da assistência e gestão da Vigilância e Atenção à Saúde, Regionais de Saúde e representantes do Conselho Estadual de Saúde, são estimuladas a discutir os principais problemas a partir dos indicadores de saúde, passando a construir um Plano de Ação para o fortalecimento do cuidado integral à saúde das mulheres, a partir dos objetivos e estratégias da política, na perspectiva do cuidado em redes de atenção regionalizadas. Os profissionais se dividiram em grupos a fim de discutir e avaliar as propostas e, baseados nos objetivos da política, elegeram ações prioritárias para qualificar a atenção à saúde das mulheres da região. As ações foram inseridas em planilhas e, em seguida, cada grupo apresenta as propostas para conhecimento de todos e pactuação dos encaminhamentos, dentre os quais a criação de um grupo de trabalho para consolidar as ações e elaborar o plano de ação regional, a ser pactuado posteriormente na Comissão Intergestores Regional - CIR.</p> <p><strong>Resultados e Discussão:</strong> Foram realizadas oficinas na 5ª e 7ª Região de Saúde com a identificação das demandas prioritárias da saúde da mulher nos municípios e região, proporcionando o delineamento das ações efetivas que irão estruturar o plano de ação regional a ser pactuado na CIR.</p> <p><strong>Conclusão:</strong> A realização das oficinas regionais da PEAISM vem colaborar para priorizar ações estratégicas a partir de demandas locais, a fim de promover o fortalecimento da rede de atenção, promovendo melhorias no cuidado integral à saúde das mulheres, contribuindo assim para a redução da morbimortalidade das mulheres do RN.</p> Chyrly Elidiane de Moura, Adriana Karla Alves Paiva, Vanessa viana Freitas Costa Oliveira, Marcela Cabral de Souza Araújo Lima Copyright (c) 2025 Encontros e Ações https://creativecommons.org/licenses/by-sa/4.0 https://revistadialogos.saude.rn.gov.br/index.php/anais/article/view/166 Thu, 20 Mar 2025 00:00:00 +0000 COMPULSÃO ALIMENTAR NA ATENÇÃO PRIMÁRIA À SAÚDE https://revistadialogos.saude.rn.gov.br/index.php/anais/article/view/180 <p><strong>Introdução: </strong><span style="font-weight: 400;">A compulsão alimentar é um transtorno alimentar de ordem psicológica, caracterizado por episódios de grande ingestão alimentar e acompanhado, na maioria dos casos, pelo sentimento inicial de felicidade, seguido de culpa e arrependimento. Traz como consequências obesidade, diabetes, colesterol alto e depressão, entre outros problemas de saúde. Na Atenção Primária à Saúde (APS), em alguns casos, foi observada a importância de propor a possibilidade de um cuidado integral às pessoas que possivelmente estejam desenvolvendo esse processo de adoecimento, levando em consideração seu contexto, estilo de vida e autonomia de ponderar as decisões que dizem respeito ao seu tratamento. </span><strong>Objetivo: </strong><span style="font-weight: 400;">Relatar a experiência dos profissionais de Nutrição e Psicologia da APS em casos de pacientes com episódios frequentes de compulsão alimentar. </span><strong>Metodologia: </strong><span style="font-weight: 400;">Trata-se de um relato de experiência qualitativa, resultante de atendimentos realizados em uma Unidade Básica de Saúde a usuários encaminhados aos serviços de Nutrição e Psicologia dessa instituição. </span><strong>Resultados e discussão: </strong><span style="font-weight: 400;">Foi observado, a partir dos encaminhamentos realizados pelos profissionais de saúde da rede em questão, que os casos de compulsão alimentar atendidos estão relacionados a situações de sofrimento psicológico não elaboradas. Nesse sentido, foi realizada a articulação entre os profissionais de Nutrição e Psicologia no processo de referência e contrarreferência, bem como em momentos de discussão de casos. Dessa forma, o profissional de Psicologia propôs o cuidado dos aspectos emocionais relacionados à alimentação, à história do usuário e à avaliação do desejo do paciente com relação aos procedimentos propostos em seu tratamento. Enquanto isso, a Nutrição propôs mudanças na rotina alimentar e nos hábitos de vida. Essa interlocução possibilitou o planejamento do cuidado dessas pessoas, além de uma visão mais ampla da questão. Considerando a necessidade de atividades educativas na APS, percebeu-se a importância dessas intervenções, tendo em vista o risco de desenvolvimento de doenças crônicas não transmissíveis (DCNT), o agravamento do sofrimento psicológico e outras comorbidades. </span><strong>Considerações finais: </strong><span style="font-weight: 400;">Compreende-se, como fruto dessa experiência, a importância da interprofissionalidade na APS, oferecendo aos usuários um cuidado amplo e em consonância com os princípios da continuidade, da prevenção em saúde e da avaliação dos problemas no território, além do encaminhamento para intervenções mais especializadas. Por fim, foi avaliado que a atuação dos profissionais de saúde vai além da oferta de serviços, ao tentarem prevenir o problema em questão. Isso ressalta a necessidade de planejar diferentes intervenções no território, com o auxílio de outros profissionais e setores.</span></p> Gabriela de Araújo Teixeira, João Victor Cosme, Maria Janaina de Macêdo Lopes Copyright (c) 2025 Encontros e Ações https://creativecommons.org/licenses/by-sa/4.0 https://revistadialogos.saude.rn.gov.br/index.php/anais/article/view/180 Thu, 20 Mar 2025 00:00:00 +0000 O USO DO PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO SITUACIONAL NA SISTEMATIZAÇÃO DO CUIDADO EM SAÚDE PARA TRABALHADORAS SEXUAIS https://revistadialogos.saude.rn.gov.br/index.php/anais/article/view/174 <p>Introdução: A Atenção Primária à Saúde (APS) é a porta de entrada no Sistema Único de Saúde e é fundamental para coordenar os cuidados em saúde, por atuar nos territórios, próximo das comunidades e das pessoas. Objetivo: Relatar o uso do Planejamento Estratégico Situacional para a sistematização do cuidado em saúde de trabalhadoras sexuais no território de abrangência de uma Unidade de Saúde da Família. Método: Trata-se de um relato de experiência, de caráter descritivo. Ocorreu em Natal, em uma Unidade de Saúde da Família com 19.267 cadastrados, localizada em um bairro com aproximadamente 80.000 habitantes. Para a sistematização do cuidado, foi realizado um Planejamento Estratégico Situacional (PES), composto pelas seguintes etapas: 1) Definição dos atores que participaram do plano; 2) Listagem dos problemas; 3) Determinação das causas, determinantes, nós críticos e relação de causalidade de cada problema; 4) Priorização dos problemas e determinantes; 5) Determinação do plano de ação e estabelecimento de metas e resultados esperados; 6) Implementação e gerenciamento do plano de ação; e 7) Avaliação permanente. Resultados e Discussão: Os problemas listados foram: a alta incidência de IST no território e a baixa procura para atendimentos de Profilaxia Pré-exposição ao HIV (PrEP). Observou-se que a alta incidência de IST poderia ter relação com o desconhecimento da população sobre práticas sexuais saudáveis e os métodos de prevenção combinada, entre eles, a PrEP. Os problemas foram priorizados quanto à governabilidade, capacidade de enfrentamento, grau de importância, grau de urgência e vontade da equipe; ambos foram categorizados como de alta prioridade. Foram realizadas 5 ações: 1ª Levantamento do quantitativo de casas de prostituição no território de abrangência da USF e adjacências, realizado por ACS, onde foram encontrados 6 bares frequentados rotineiramente por trabalhadoras sexuais; 2ª e 3ª: Busca ativa realizada por 2 ACS em 2 visitas aos estabelecimentos e a articulação de 1 enfermeira por ligação telefônica para fortalecimento do vínculo dos estabelecimentos com o serviço de saúde e estimular a participação nas atividades de promoção à saúde a serem realizadas; 4ª: Atividade de Educação em Saúde realizada em 26 de junho de 2023, nos estabelecimentos, mediante agendamento prévio, com a realização de rodas de conversa sobre práticas sexuais saudáveis e a prevenção contra IST, distribuição de folders informativos com os serviços disponibilizados na USF, agendamentos de atendimentos para PrEP, coleta de citopatológicos do colo do útero e distribuição de preservativos; e 5ª: Rastreamento para IST realizado em 03 de julho de 2023, nas casas de prostituição próximas à área adscrita da unidade de saúde, com a realização de 8 consultas de enfermagem e 32 testes rápidos para HIV, sífilis e hepatites B e C. Contudo, tem-se percebido um aumento dessa população na procura e na adesão aos serviços disponíveis na USF e a necessidade de avaliação permanente para monitorar e planejar o desenvolvimento de outras atividades de promoção à saúde no território de abrangência da unidade. Conclusão: A experiência contribuiu para o fortalecimento do vínculo entre o serviço de saúde e um grupo social minoritário que atua no território, assim como para o aprofundamento teórico no desenvolvimento de ações estratégicas de cuidado em saúde. Por fim, demonstra que a utilização do PES tem potencial para sistematizar as ações de cuidado em saúde no território.</p> Aguinaldo José de Araújo, Diamilla Salete Farias de Oliveira, Izaac da Silva Gomes, Waléria de Paiva Mário Silva, Josefa Franco de Oliveira, Cícero do Nascimento Barbosa Copyright (c) 2025 Encontros e Ações https://creativecommons.org/licenses/by-sa/4.0 https://revistadialogos.saude.rn.gov.br/index.php/anais/article/view/174 Thu, 20 Mar 2025 00:00:00 +0000 AÇÕES DE PROMOÇÃO DA SAÚDE NO INCENTIVO A ATUALIZAÇÃO VACINAL DA POPULAÇÃO MASCULINA TRABALHADORA DO MUNICÍPIO DE LAJES PINTADAS/RN. https://revistadialogos.saude.rn.gov.br/index.php/anais/article/view/134 <p><strong>Introdução: </strong>O município de Lajes Pintadas conta com uma população de 4.787 habitantes, sendo 67,93% pertencentes a população em idade produtiva, e desta porcentagem 63,84% pertencentes a população masculina. Levando em consideração as características sociodemográficas dessa população de quase 50% dos habitantes do sexo masculino, sendo mais de 60% dessa população em idade produtiva e exercendo suas atividades laborais na agricultura, além da influência do modelo de sociedade patriarcal que distancia esse público dos serviços de saúde, faz-se necessário a ampliação do acesso e de práticas de ações que promovam a promoção da saúde e prevenção das morbimortalidades da população masculina Lajes-pintadense, <strong>Objetivo:</strong> Relatar as ações de promoção da saúde no incentivo a atualização vacinal da população masculina trabalhadora do município de Lajes Pintada/RN. <strong>Método/Metodologia:</strong> Trata-se de um estudo descritivo do tipo relato de experiência, relatando as vivências dos membros da equipe da Atenção Primária à Saúde do município de Lajes Pintadas/RN numa ação de promoção da saúde para o incentivo a atualização vacinal da população masculina trabalhadora que foi realizado no atendimento de saúde do trabalhador do mês de novembro de 2023 em alusão ao novembro azul. Os atendimentos de saúde do trabalhador acontecem todas as segundas-feiras a noite, com o intuito de melhorar o acesso dessa população aos serviços de saúde. Tendo em vista a atual conjuntura da hesitação vacinal, realizamos em um desses atendimentos o “forró da imunização”, com o intuito de melhorar a situação vacinal do município, assim como também melhorar a qualidade da saúde e a assistência prestada a população masculina. <strong>Resultados e Discussão:</strong> O forró aconteceu por meio de tocadores locais do município que levaram sanfona, triângulo, zabumba e outros instrumentos para realizar a festa. Considerando o preparo de um ambiente acolhedor e descontraído, bem característico ao público masculino, pode-se observar como resultado uma maior aceitação dos homens à vacinação, conseguindo no momento atualizar todas as vacinas faltantes e possíveis dos homens presentes no evento, resultando em um aumento de 26% de doses aplicadas em relação ao mês anterior, além de uma maior procura por parte dessa população aos serviços de saúde, quebrando paradigmas de que o homem não precisa se cuidar. <strong>Conclusão/Considerações finais:</strong> Diante disso, podemos concluir que a saúde do trabalhador é uma estratégia importante para a assistência à saúde do público-alvo em questão, aproximando-os dos serviços de saúde e contribuindo para melhoria na qualidade de vida. Porém, mesmo com uma grande aceitação da população masculina presente no momento referente à vacinação, ainda existe uma grande barreira cultural, social e religiosa que distancia essa população dos serviços de saúde. De modo que é necessário não apenas a realização de ações de saúde voltadas à população masculina no mês alusivo a eles, como também, na inserção dos mesmos no cotidiano dos serviços de saúde.</p> Albenize de Azevedo Soares, Erika Mara Valentin da Silva, Fábia Cheyenne Gomes de Morais Fernandes, Juliana Ferreira Gomes de Morais, Moisés Gomes de Lima, Rosivânia Lopes de Lima Cruz Copyright (c) 2025 Encontros e Ações https://creativecommons.org/licenses/by-sa/4.0 https://revistadialogos.saude.rn.gov.br/index.php/anais/article/view/134 Thu, 20 Mar 2025 00:00:00 +0000 GRUPO TERAPÊUTICO LEVEMENTE https://revistadialogos.saude.rn.gov.br/index.php/anais/article/view/175 <p><strong>Resumo: </strong>O projeto se justifica pela necessidade de prestar assistência multidisciplinar a um grupo de mulheres que se encontram em sobrepeso e obesidade. Algumas razões que principiaram tal abordagem mostram que, além do desafio de perder peso, existia também o adoecimento mental, baixa autoestima atrelada à dificuldade de se inserir nos espaços de exercícios físicos, fragilidade nas relações conjugais e familiares, de maneira geral.<br>A partir desse olhar, o serviço de saúde pública do município de João Câmara-RN analisou as possíveis intervenções a fim de melhorar a saúde e a qualidade de vida, visando recuperar a autoestima das participantes. Dessa forma, as nutricionistas da equipe multidisciplinar da secretaria de saúde de João Câmara criaram e colocaram em prática o grupo terapêutico “Levemente”. O projeto conta com a colaboração de outros profissionais da equipe, sendo eles: educador físico, psicólogo, fonoaudiólogo e fisioterapeuta.<br>O Levemente aborda temas multidisciplinares que contribuem para a educação em saúde, a fim de reduzir o dano causado pelo sobrepeso e obesidade, sendo essa a principal razão que leva às demais complicações citadas anteriormente; além disso, proporciona atendimentos individuais e coletivos presenciais e suporte online.<br>No ano de 2023, participaram 15 mulheres com idade de 30 a 55 anos. O atendimento com nutricionista acontecia mensalmente; os encontros em grupo, quinzenalmente, com duração de 2h30, onde se dividiam em dias de terapia, rodas de conversa, apresentações expositivas e os exercícios físicos semanalmente, sempre nas terças e quintas. No andamento do projeto, 6 participantes não conseguiram assiduidade nos encontros terapêuticos e na atividade física e acabaram se desvinculando do grupo; essa foi a maior dificuldade encontrada. Dentre as que permaneceram, foram eliminados o total de 47 kg; além disso, houve melhoria nos aspectos que levaram à criação do grupo.<br>Os encontros terapêuticos em grupo contribuíram para uma melhor adesão às atividades propostas e aos resultados satisfatórios que foram obtidos, visto que o apoio e incentivo mútuo tornaram o processo mais leve.</p> Joyce Caroline Aguiar de Souza, Ana Beatriz Cruz, Ana Carla Lopes Copyright (c) 2025 Encontros e Ações https://creativecommons.org/licenses/by-sa/4.0 https://revistadialogos.saude.rn.gov.br/index.php/anais/article/view/175 Thu, 20 Mar 2025 00:00:00 +0000 I Mostra de Experiências de Promoção da Saúde do Rio Grande do Norte https://revistadialogos.saude.rn.gov.br/index.php/anais/article/view/178 <p>A I Mostra de Experiências de Promoção da Saúde do Rio Grande do Norte foi realizada durante o II Seminário Estadual de Promoção à Saúde. O evento foi organizado pela Secretaria de Estado da Saúde Pública do Rio Grande do Norte, por meio da Diretoria de Políticas Intersetoriais e Promoção à Saúde e aconteceu nos dias 01 e 02 de agosto de 2024, na Escola de Governo do RN, no Centro Administrativo. Nesta edição, o tema do II Seminário Estadual de Promoção à Saúde foi “Territórios Saudáveis e Equidade em Saúde”.</p> <p>O Seminário teve como propósito, discutir os desafios da implementação da Política Estadual de Promoção à Saúde, enfatizando temáticas que perpassam os saberes e práticas no campo do cuidado, da equidade e territórios no RN, enquanto a I Mostra de Experiências teve como objetivos conhecer, divulgar e dar visibilidade às experiências exitosas em Promoção da Saúde e em Equidade nos diferentes territórios do estado do Rio Grande do Norte. As experiências selecionadas foram apresentadas nas modalidades de comunicação oral e <em>e-pôster</em> e foram divididas por eixos temáticos, sendo eles: processos de gestão e planejamento da promoção da saúde, intersetorialidade no desenvolvimento de ações de promoção à saúde e equidade nos territórios, organização e implementação das ações de promoção da equidade em saúde nos territórios e organização e desenvolvimento das ações de promoção da saúde e de educação popular. Ao fim do evento, os melhores trabalhos apresentados nas duas modalidades foram premiados pelo evento.</p> Kezauyn Miranda Aiquoc, Amanda Azevedo, Ana Carla Macedo Copyright (c) 2025 Encontros e Ações https://creativecommons.org/licenses/by-sa/4.0 https://revistadialogos.saude.rn.gov.br/index.php/anais/article/view/178 Thu, 20 Mar 2025 00:00:00 +0000 PROJETO AGENTE NA FEIRA https://revistadialogos.saude.rn.gov.br/index.php/anais/article/view/170 <p><strong>Introdução: </strong>“Agente na Feira” é um projeto continuado de atenção e promoção à saúde, realizado pelos Agentes Comunitários de Saúde (ACS) com o apoio da Secretaria Municipal de Saúde (SMS) de São Pedro/RN. Este projeto foi criado como estratégia para ampliação de ações e serviços de prevenção e manejo das doenças mais prevalentes na Atenção Primária do município de São Pedro/RN.</p> <p><strong>Objetivo geral: </strong>Promover saúde e ampliar as ações e serviços voltados para pessoas com doenças crônicas e agravos mais prevalentes, por meio do trabalho dos Agentes Comunitários de Saúde, articulando a agenda em um espaço permanente de cuidado no âmbito da Atenção Primária à Saúde do município de São Pedro/RN.</p> <p><strong>Objetivos específicos:&nbsp; </strong>Ofertar serviços de aferição da pressão arterial e glicemia capilar para toda a população, em específico para as pessoas com hipertensão e diabetes; realizar orientações gerais de saúde sobre estilo de vida, hábitos saudáveis e prevenção de doenças para a população; disponibilizar e orientar a população sobre o uso de preservativos e a prevenção de infecções sexualmente transmissíveis; promover ações coletivas sobre diversos temas e campanhas preconizadas pelo Ministério da Saúde para a população.</p> <p><strong>Metodologia: </strong>“Agente na Feira” é realizado em uma tenda montada na feira livre de São Pedro/RN, uma vez por semana, sempre na segunda-feira. O espaço conta com estrutura de mesas, cadeiras e equipamentos necessários para a realização das atividades. São ofertados serviços de aferição da pressão arterial e realização de testes de glicemia capilar. Além disso, são realizadas campanhas de vacinação e ações sobre diversos temas de saúde como: tuberculose, prevenção ao câncer, saúde mental, combate à dengue, entre outras ações. O projeto é desenvolvido pelos Agentes Comunitários de Saúde, articulado com demais profissionais das equipes de Atenção Primária. Mensalmente, acontece reunião para avaliação e planejamento do projeto.</p> <p><strong>Resultados e discussão: </strong>Em quatro meses, mais de 400 pessoas foram atendidas no projeto. Foram realizados 255 atendimentos individuais, sendo 160 de aferições da pressão arterial e 95 testes de glicemia capilar. Os pacientes que apresentaram alterações nos atendimentos foram encaminhados para o serviço de ambulatório na unidade de saúde. Foram realizadas ações de saúde sobre alimentação saudável, campanha de vacinação, combate à dengue, tuberculose, saúde da mulher e prevenção a doenças sexualmente transmissíveis, onde foram realizados testes rápidos, distribuição de preservativos e panfletos com orientações.</p> <p><strong>Conclusão: </strong>Concluímos que a implementação do Projeto Agente na Feira ampliou as ações de promoção à saúde e manejo das doenças mais prevalentes na Atenção Primária do município, e tem sido reconhecido pela população como ambiente de referência em saúde nos dias de feira livre em São Pedro/RN.</p> Júlio Sócrates, Lianna Kelly Souza Aguiar, Paulo Salviano da Silva Copyright (c) 2025 Encontros e Ações https://creativecommons.org/licenses/by-sa/4.0 https://revistadialogos.saude.rn.gov.br/index.php/anais/article/view/170 Thu, 20 Mar 2025 00:00:00 +0000 GRUPO TERAPÊUTICO https://revistadialogos.saude.rn.gov.br/index.php/anais/article/view/181 <p><strong>Introdução: </strong><span style="font-weight: 400;">O grupo terapêutico de saúde mental é um projeto de promoção à saúde vinculado à Atenção Primária à Saúde do município de Tibau do Sul/RN, que desempenha um papel de apoio na promoção da saúde mental, com ênfase em intervenções terapêuticas. O projeto foi idealizado para reduzir a sobrecarga na demanda de atendimentos individuais de saúde mental nas Unidades Básicas de Saúde. Ressalta-se a importância do grupo terapêutico na perspectiva do acolhimento, suporte emocional, autocuidado e fortalecimento de vínculos permanentes entre os profissionais de saúde e usuários.</span></p> <p><strong>Objetivo geral: </strong><span style="font-weight: 400;">Construir um espaço seguro favorecendo a socialização, acolhimento, aceitação, desenvolvimento psíquico e bem-estar dos pacientes através de suas próprias demandas, buscando estratégias de enfrentamento dos conflitos psíquicos para a melhoria da saúde mental na Atenção Primária à Saúde.</span></p> <p><strong>Objetivos específicos: </strong><span style="font-weight: 400;">Desenvolver habilidades de autocuidado e autoconhecimento por meio da psicoeducação, fortalecendo os fatores protetivos e proporcionando saúde mental; fortalecer vínculos afetivos e de construção social.</span></p> <p><strong>Metodologia: </strong><span style="font-weight: 400;">O grupo terapêutico teve início em abril de 2023, sendo idealizado pela psicóloga da equipe multiprofissional de Tibau do Sul/RN, e ocorre uma vez por semana, após o horário de funcionamento da Unidade Básica de Saúde, das 18h às 19h, com duração de uma hora cada encontro. A triagem dos usuários foi feita por meio de busca ativa, conforme demanda das Unidades Básicas de Saúde. O método utilizado foi terapia de grupo, em que a participação do usuário inclui sua disponibilidade para compartilhar experiências, receber suporte emocional e ter acesso a conhecimentos diversos. A avaliação foi realizada com 15 participantes com diagnósticos de ansiedade, depressão e transtorno bipolar por meio de entrevista semiestruturada baseada na comunicação verbal e avaliação mensal da mudança de comportamento.</span></p> <p><strong>Resultados: </strong><span style="font-weight: 400;">A partir das observações na discussão coletiva, houve melhor compreensão sobre o tema de saúde mental. Os usuários partilharam sentimentos e vivências durante os encontros, referindo o fortalecimento do apoio social e familiar. Houve redução da demanda por serviços de emergência, além da redução do uso de medicamentos ansiolíticos, através de relatos dos usuários, em que 10 afirmaram ter menos crises de ansiedade ao aderir a práticas saudáveis e psicoeducação. Nesse sentido, os resultados sugeriram uma compreensão do grupo de saúde mental como dispositivo desinstitucionalizante e que permite que o participante seja protagonista de sua história de vida, com olhar para sua integralidade e seu bem-estar.</span></p> <p><strong>Conclusão: </strong><span style="font-weight: 400;">O grupo terapêutico contribuiu para a construção de um espaço seguro, favorecendo a socialização, conforto, aceitação e o acolhimento dos usuários, a partir de suas próprias demandas. Oportunizou a construção de estratégias de enfrentamento dos sofrimentos e conflitos para a melhoria do cuidado em saúde mental na Atenção Primária à Saúde.</span></p> Francinete Avelina da Silva, Júlio Sócrates Peixoto da Silva, Rayssa Gomes da Costa, Rafaella Vivianne da Costa, Érika Beatriz de Morais Costa Dantas, Davi da Costa Mendonça Copyright (c) 2025 Encontros e Ações https://creativecommons.org/licenses/by-sa/4.0 https://revistadialogos.saude.rn.gov.br/index.php/anais/article/view/181 Thu, 20 Mar 2025 00:00:00 +0000 RELATO DE EXPERIÊNCIA https://revistadialogos.saude.rn.gov.br/index.php/anais/article/view/156 <p>INTRODUÇÃO: A atividade física é de suma importância por se tratar de um fator de proteção e promoção da saúde, principalmente quando a mesma é planejada e recomendada por um profissional de educação física com algum objetivo, seja para melhorar ou manter o peso e as capacidades físicas adequadas. Dentre os benefícios da prática de atividade física, <br>pode-se citar a melhoria da qualidade de vida a curto e a longo prazo, controle de peso, prevenção de doenças crônicas e de alguns tipos de câncer, e ainda contribuir para uma melhor sociabilidade dos indivíduos. No município de Florânia, a prática de atividade física tem sido adotada como ação estratégica para a redução dos impactos das doenças e condições crônicas sobre a saúde de adultos e idosos. Assim, o relato de experiência trata-se da vivência de um profissional de educação física que faz um trabalho voluntário com o intuito de fomentar o grupo Viva Bem, proporcionando acessibilidade ao projeto àqueles que precisam praticar atividades físicas sob supervisão de um profissional da área.<br>OBJETIVO: Relatar a experiência da atuação do profissional de educação física em um grupo de adultos e idosos que realizam a prática de exercícios físicos.<br>METODOLOGIA: As ações eram realizadas em espaços públicos, no horário das 05:30 às 06:00 horas, duas vezes por semana. Inicialmente, foi proposto um trabalho voluntário por um profissional da área de educação física na tentativa de incentivar e preservar o grupo que já existia. A turma era de responsabilidade de uma profissional de educação física que atuava no <br>município de Florânia. No final de 2023, o grupo contava com uma média de 20 alunos. Há também o trabalho realizado pelas técnicas de enfermagem e enfermeiras da equipe de estratégia saúde da família, com ações e promoções da saúde, onde eram ministradas palestras, verificação de glicemia de jejum e de pressão arterial.<br>RESULTADOS E DISCUSSÃO: O grupo ao qual se trabalha as práticas de atividade física fica na cidade de Florânia - RN, onde começou com 20 alunos, mas foi uma proposta bem aceita, com aumento progressivo de demanda. No segundo quadrimestre de 2023, eram 20 alunos. Esse número passou para 42 no primeiro quadrimestre de 2024. Tendo em vista esse aumento, era notória a necessidade de um auxiliar. Os participantes, cada vez mais estimulados a frequentar o grupo, propagam, de forma espontânea, contribuindo assim com o despertar do interesse de mais pessoas da comunidade em fazer parte do projeto.<br>CONCLUSÃO: Levando em consideração a boa adesão e o aumento da turma Viva Bem, pode-se considerar que a equipe dê continuidade ao projeto, contribuindo para a expansão do mesmo. Demonstra ainda que as atividades estão sendo realizadas de forma atrativa e positiva para a sociedade, contribuindo assim para a promoção e prevenção de doenças crônicas ou controle das mesmas. Sendo assim, vê-se a necessidade de dar continuidade ao grupo; porém, é necessário a aquisição de materiais esportivos que auxiliem as aulas e, futuramente, o aumento da equipe para melhor atender as pessoas.<br><br></p> Joaquim Rodrigues de Araújo, Helen Rainara Araújo Cruz, Sâmara Asley de Medeiros Laurentino, Lídia Maria Dantas Copyright (c) 2025 Encontros e Ações https://creativecommons.org/licenses/by-sa/4.0 https://revistadialogos.saude.rn.gov.br/index.php/anais/article/view/156 Thu, 20 Mar 2025 00:00:00 +0000